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Centenas de estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da Escola Estadual Zaíra VIII, no Jardim Zaíra, participaram, na manhã desta terça-feira (27/05), do lançamento do projeto Cidades Sem Risco, integrante do programa do Governo Federal Periferia Viva, de urbanização de favelas, uma iniciativa da Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades. A atividade é desenvolvida em parceria com a Prefeitura de Mauá e com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), por meio do programa Cemaden Educação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A primeira ação prevista é a participação em um jogo coletivo de tabuleiro, cuja base é um mapa do Brasil que indica as cidades com maior risco de desastres naturais, em consequência da crise climática. A criação e a orientação são de responsabilidade da equipe do Cemaden Educação.
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No jogo, os participantes podem avançar ou retroceder, conforme as respostas que derem, em situações que envolvem a vida em áreas de risco. Assim, podem sofrer consequências como voltar algumas casas ou serem orientados a se deslocar para um local seguro, acompanhados por pessoas da comunidade. A proposta de envolver jovens e crianças na educação sobre prevenção de desastres parte da ideia de que eles podem influenciar pais e conhecidos na adoção de ações preventivas.
Para o secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões, “quando a gente traz para a escola a discussão das mudanças climáticas, com metodologias pedagógicas, as crianças e os adolescentes também levam isso para dentro de casa e para outros ambientes”. Simões destacou que Mauá é uma das cidades mapeadas no Brasil com altos índices de ocorrência e áreas de risco elevado. “É uma cidade muito populosa, com grande demanda de investimento em prevenção de desastres. Está numa região economicamente muito forte, desenvolvida, mas que, ao mesmo tempo, requer muito investimento em prevenção e políticas sociais. Então, acho que é o lugar ideal”, explicou.
“Aprender jogando é mais divertido, é mais legal. Dá pra aprender a pensar mais também. É isso que a gente quer fazer”, disse a estudante Mirella Eloiza Demercindo. Para a jovem, o uso do jogo interativo vai atrair mais jovens para o tema da prevenção. Kelvin Rodrigues concorda: “Com o conhecimento a gente pode ajudar as pessoas, sim”. Vários estudantes relataram já ter presenciado ocorrências de deslizamentos e enchentes, e concordam que a prevenção é fundamental. A Escola Zaíra VIII fica em uma região alta, e a comunidade do entorno sofre com o risco quando há excesso de chuvas.
Sâmia Sulaimam, também da Secretaria, afirmou que há um trabalho territorializado nos municípios com comunidades periféricas situadas em áreas de risco. “O objetivo principal é melhorar a infraestrutura. Temos obras de contenção de encostas no entorno, mas, além dessas obras, que demoram mais a acontecer, é importante realizar um trabalho de mobilização e conscientização. A gente quer ter menos desastres; se tivermos mais ações preventivas, isso será possível”, disse. As escolas acabam se tornando polos educativos não só para alunos, mas também para professores e toda a comunidade.
Implantação da Unidade Executora Local (UEL) e o PAC Encostas
A sede da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, na avenida Castelo Branco, nº 1930, agora conta com uma sala reservada para o funcionamento da Unidade Executora Local (UEL), no Posto Territorial Zaíra. Nesse espaço, os técnicos responsáveis pela execução das obras contempladas pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) Encostas — no caso, o Novo PAC Periferia Viva Zaíra — poderão interagir com a população do bairro.
Integram a Unidade Executora Local (UEL) do programa Periferia Viva as secretarias municipais de: Habitação, Planejamento Urbano, Obras, Assistência Social, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Proteção e Defesa Civil, e Trabalho, Renda e Empreendedorismo.
Serão investidos R$ 159.745.250,00, repassados pelo Governo Federal diretamente à Prefeitura de Mauá.
O Novo PAC Periferia Viva Zaíra foi assinado entre a Prefeitura e o Governo Federal em 2024, visando à urbanização dos setores 5, 6 e 7 do Assentamento Precário Chafick-Macuco. O projeto prevê obras de infraestrutura urbana, produção habitacional, contenção de encostas, recuperação ambiental e regularização fundiária, além de trabalho social. Os setores 5, 6 e 7 incluem, entre outras, as ruas Dona Áurea Oliveira da Silva, Monte Sinay, Benedita dos Santos Silva, Roberto Stella, Pôr do Sol, Sílvio Namen, Ilha do Francês, Júlio Antônio Conde e Caminho do Sol.
A expectativa é que cerca de 2.800 famílias sejam beneficiadas diretamente, e a Prefeitura de Mauá indicará áreas públicas para a construção de aproximadamente 340 unidades habitacionais, destinadas às famílias que precisarão ser reassentadas.
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